Carta manuscrita e assinada de três páginas, de Sousa Costa a Manuel da Silva Gaio, datada de 17 de Maio de 1916. [Meu caro Silva Gaio: Perdoa-me com certeza o não ter agradecido ainda a oferta gentil dum exemplar do seu novo poema, desde que conheça da demora queria agradecer-lho, e falar-lhe dele, em secção bibliográfica a inaugurar numa das nossas publicações de maior tiragem. E resolvi escrever-lhe hoje, a justificar o meu silêncio pelo atrazo a que a falta de papel, e outras faltas correlativas, está obrigando o "auspicioso enlace daquela secção com o espírito público" - como diria e muitíssimo bem o nosso venerável e eterno Acácio. Não queria estar mais tempo sem o abraçar, sem o felicitar, vivamente, pelo seu poema, que não é "Chave Dourada" - que é antes a chave de ouro com que você nos abre as portas dua terra de Canaan mais sonhada do que realidade, mas sinceramente engrandecida pelo seu sonho de felicidade. Abraço-o por isso muito afectuosamente o admirador e amigo Sousa Costa].
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